domingo, 26 de setembro de 2010

Há vinte e três anos adianto os fatos, meu rosto é transparente de uso; amo mal, muito mal. Penso com as mãos, sou apoética. Também sou feia, tenho poucos vestidos e passo pó laranja nas bochechas. Minha boca vive seca de cigarro, não tenho talento para assoviar. No entanto, sou antiga como Emily Dickinson. Aliás, a matei para então construir o sétimo círculo do inferno. Por amor.

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