domingo, 4 de setembro de 2011

"Ela ajudou a levantar o corpo. Vestiu-o com seus enfeites de guerreiro, babeou-o, penteou-o, e engomou-lhe o bigode melhor do que ele mesmo o fazia nos seus anos de glória. Ninguém pensou que houvesse amor naquele ato, porque estavam acostumados com a familiaridade de Amaranta para com os ritos da morte. Fernada se escandalizava com o fato de ela não entender as relações do catolicismo com a vida, mas unicamente as suas relações com a morte, como se não fosse uma religião mas um prospecto de convencionalismos funerários."

* Gabriel García Márques em Cem anos de solidão.

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