segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

1- Pessoas são como os lugares que frequentam, ou melhor, os lugares tomam suas feições, como bem diz Balzac. A aura que se dá a um lugar não deixa de ser a aura que atribuem a si mesmas. É a lógica do parecer que dá as cartas mais uma vez, estandarte do tudo vazio.

2- Há lugares em que a sociabilidade não sai do âmbito da superfície,onde tudo ocorre automaticamente, templos da rotatividade e das primeiras impressões. Há aí um falseamento, um exercer social preguiçoso, um estar para o outro que é relativo. No fundo, interessar-se pelos demais nessas situações reflete, na verdade, um sincero desinteresse por si mesmo.

3- Trata-se de uma opção real de fuga, é a possibilidade de se esquivar daqueles que te apreendem. Daqueles que são você. (a cadeira é cadeira e o quadro é quadro porque te participam).

4- O que acaba por aflorar é a noção de que, nessas situações, o existir não poderia ser mais solitário. (não, ela não estava mais lá).

*Notas nem um pouco petulantes, de ordem subjetiva, sobre a vida que se vive por aí.

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