quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Para L.

The fascination of what's difficult ( William Butler Yeats- 1910)

The fascination of what´s difficult
Has dried the sap out od my veins, and rent
Spontaneous joy and natural content
Out of my heart. There´s something ails our colt
That must, as if it had not holy blood,
Nor on Olynpus leaped from cloud to cloud,
Shiver under the lash, stain, sweat and jolt
As though it dragged road metal. My curse on plays
That have to be set up in fifty ways,
On the day's war with every knave and dolt,
Theatre business, management os men.
I swear before the dawm comes round again
I´ll find the stable and pull out the bolt.

O prazer do difícil ( Tradução de Augusto de Campos)

O prazer do difícil tem secado
A seiva em minhas veias. A alegria
Espontânea se foi. O fogo esfria
No coração. Algo mantém cercado
Meu potro, como se o divino passo
Já não lembrasse o Olimpo, a asa, o espaço,
Sob o chicote, trêmulo, prostrado,
E carregasse pedras. Diabos levem
As peças de sucesso que se escrevem
Com cinqüenta montagens e cenários,
O mundo de patifes e de otários
E a guerra cotidiana com seu gado,
A fazer de teatro, afã de gente.
Juro que antes que a aurora se apresente
Eu descubro a cancela e abro o cadeado.

* W.B. Yeats por Augusto de campos em Linguaviagem. Crítica via Tradução. Crítica de iluminação contra a crítica da maledicência. Exopoesia para combater a egopoesia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário