quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Não ando mais só. Pelo contrário, as presenças ganharam em tamanho e importância. São todas bem maiores que eu. Escuto do quarto seus passos pela casa, escuto conversas quando não quero ouvir nada. Fecho todas as portas, fecho as frestas das janelas mas estão todas lá, enormes, cada qual em seu cômodo. Agora o mais raro aconteceu, estou despovoada. O pior?! Reação adversa, estou também paralizada. Não leio, não escrevo (isso não é escrita) , não vejo um filme, não tiro a roupa, não tomo água, não fumo. Só espero por alguma presença iminente. Logo eu que ansiava por arejamento. Bom, vou abrir a janela e que isso baste.

Mesmo assim, penso que é na completa solidão que se produz o melhor.

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