quinta-feira, 30 de setembro de 2010
quarta-feira, 29 de setembro de 2010
Café me dá sono, tomo uma xícara em dias nublados e durmo lindamente. Sexo me dá sono, gozo, viro pro lado e durmo lindamente por umas três horas. Efeito adverso é meu sobrenome.
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
domingo, 26 de setembro de 2010
Há vinte e três anos adianto os fatos, meu rosto é transparente de uso; amo mal, muito mal. Penso com as mãos, sou apoética. Também sou feia, tenho poucos vestidos e passo pó laranja nas bochechas. Minha boca vive seca de cigarro, não tenho talento para assoviar. No entanto, sou antiga como Emily Dickinson. Aliás, a matei para então construir o sétimo círculo do inferno. Por amor.
sábado, 25 de setembro de 2010
sexta-feira, 24 de setembro de 2010
having suddenly started to like or love something or someone very much.
Jornal Unicamp – Com freqüência as vanguardas do século 20 vieram na esteira das mudanças dos modos de produção. Apesar da forte mudança de matriz tecnológica nas últimas décadas, não há sinais visíveis de novas vanguardas. Faz sentido a afirmação de que as vanguardas chegaram a seu ponto de esgotamento? Isto é irremissível? Ou as vanguardas seguem existindo e apenas não são percebidas como antes? Naquela mesma entrevista, há doze anos, Haroldo dizia que “os netos da geração de 45 parecem estar de volta, mais retrógrados e reacionários do que nunca”. É possível qualificar a poesia que se pratica hoje no Brasil, isto é, a poesia que tem mais livre curso entre nós? A volta à discursividade é necessariamente um retrocesso?
Augusto de Campos – Para mim, o sentido da palavra ”vanguarda” não está necessariamente ligado a grupos e movimentos, embora, sim, as mudanças tecnológicas afetem a poesia. Mas as questões sociais, também. E muitas outras coisas. Prefiro o conceito atemporal de ”invenção”, que tem como emblema o trovador provençal Arnaut Daniel, do qual só restaram 18 canções. No entanto, embora desgastada, a palavra “vanguarda” pelo menos não engana ninguém. Quem teria a coragem de dizer que Jorge Amado ou Paulo Coelho (“no offense”) são escritores de ”vanguarda” como se pode ainda dizer de Joyce ou Apollinaire? Essa história de que “as vanguardas” já cumpriram o seu papel histórico é argumentação defensiva dos que não souberam ou não puderam conversar com a sua época.
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Floração ora no pulso esquerdo, ora no direito. É o que acontece quando tenho de realinhá-los. Ajustarei o itinerário pra que você me apreenda. Pior.